Ben Bernanke

Benjamin Shalom Bernanke Medalha Nobel
Ben Bernanke
Nascimento 13 de dezembro de 1953 (70 anos)
Augusta
Residência Dillon
Nacionalidade Estados Unidos Estadunidense
Cidadania Estados Unidos
Alma mater Universidade Harvard, Instituto de Tecnologia de Massachusetts
Ocupação economista, político, professor, banqueiro, professor
Prêmios Pessoa do Ano (2009)
Ciências Económicas (2022)
Empregador(a) Universidade de Princeton, Universidade de Nova Iorque, Universidade Stanford, Brookings Institution
Filiação Republicano (antes de 2015)
Independente (2015-presente)
Orientador(a)(es/s) Stanley Fischer
Campo(s) Economia
macroeconomia
Escola/tradição Nova economia keynesiana
Religião Judaísmo
Assinatura
[edite no Wikidata]

Benjamin Shalom Bernanke (Augusta, 13 de dezembro de 1953) é um economista estadunidense, de origem judaica, ex-presidente da Reserva Federal (FED), o banco central dos Estados Unidos. Bernanke assumiu esse posto em Fevereiro de 2006 em substituição de Alan Greenspan. Economista formado em Harvard (summa cum laude), obteve seu Ph.D. pelo Massachusetts Institute of Technology. Sabe-se também que participa nas reuniões do Clube de Bilderberg.

Em 2009, foi eleito a Pessoa do Ano pela revista Time.[1] Em 2011 era considerado a oitava pessoa mais poderosa do mundo pela Forbes.[2] Ele é amplamente rejeitado pelos movimentos sociais norte-americanos, tanto pelo Tea Party quanto pelo Occupy Wall Street.[3] Apesar disso, ele se posicionou contra os salvamentos bancários.[4]

Bernanke foi distinguido com o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel em 2022 junto com Douglas W. Diamond e Philip H. Dybvig.[5]

Visão econômica

Bernanke está particularmente interessado nas causas econômicas e políticas da Grande Depressão, sobre a qual publicou vários artigos em revistas acadêmicas. Antes do trabalho de Bernanke, a teoria monetarista dominante da Grande Depressão era a visão de Milton Friedman de que ela havia sido causada em grande parte pelo fato de o Federal Reserve ter reduzido a oferta de dinheiro e, em várias ocasiões, argumentou que um dos maiores erros cometidos durante o período foi aumentar as taxas de juros muito cedo.[6]

Bernanke escreveu sobre seu tempo como presidente do Federal Reserve em seu livro de 2015, The Courage to Act, no qual revelou que a economia mundial chegou perto do colapso em 2007 e 2008. Bernanke afirma que foram apenas os novos esforços do Fed (cooperando com outras agências e agências de governos estrangeiros) que impediram uma catástrofe econômica maior que a Grande Depressão.[7]

Em 2015, argumentou que o déficit comercial dos países da zona do euro os está destruindo: "Desequilíbrios persistentes são insalubres porque causam desequilíbrios financeiros e crescimento desequilibrado". Ele escreve que "o superávit comercial da Alemanha é um problema"; "O fato de a Alemanha vender muito mais do que compra redireciona a demanda para seus vizinhos (assim como para outros países do mundo), o que reduz a produção e a ocupação fora da Alemanha".[8]

Ver também

Publicações

  • Bernanke, Ben S. (1983). «Nonmonetary Effects of the Financial Crisis in the Propagation of the Great Depression». American Economic Review. 73 (3): 257–276. JSTOR 1808111 
  • Bernanke, Ben S.; Blinder, Alan S. (1992). «The Federal Funds Rate and the Channels of Monetary Transmission». American Economic Review. 82 (4): 901–921. JSTOR 2117350 
  • Bernanke, Ben S.; Gertler, Mark; Watson, Mark (1997). «Systematic Monetary Policy and the Effects of Oil Price Shocks». C.V. Starr Center for Applied Economics 
  • Bernanke, Ben S.; Laubach, Thomas; Mishkin, Frederic S.; Posen, Adam S. (2001). Inflation Targeting: Lessons from the International Experience. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 0-691-08689-3 
  • Bernanke, Ben S. (2004). Essays on the Great Depression. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 0-691-11820-5 (Description, TOC, and preview of ch. 1, "The Macroeconomics of the Great Depression")
  • Abel, Andrew B.; Bernanke, Ben S.; Croushore, Dean (2007). Macroeconomics 6th ed. [S.l.]: Addison–Wesley. ISBN 978-0-321-41554-7 
  • Frank, Robert H.; Bernanke, Ben S. (2007). Principles of Macroeconomics. [S.l.]: McGraw–Hill. ISBN 978-0-07-336265-6 
  • Bernanke, Ben S. (2015). The Courage to Act: A Memoir of a Crisis and Its Aftermath. [S.l.]: W. W. Norton & Company. ISBN 978-0-393-24721-3 
  • Bernanke, Ben S. (2015). «Notes from The Courage to Act» (PDF). W. W. Norton & Company 
  • Bernanke, Ben S. (2022). 21st Century Monetary Policy: The Federal Reserve from the Great Inflation to COVID-19. [S.l.]: W. W. Norton & Company. ISBN 978-1324020462 

Referências

  1. Amadeo, Kimberly. «The Great Depression Expert Who Prevented the Second Great Depression». The Balance. Consultado em 10 de outubro de 2022 
  2. «Powerful People». Forbes. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  3. The Tea Party and #OWS, in Venn Diagram Form
  4. Ben Bernanke: ‘I Agree With Elizabeth Warren 100 Percent’ On Too Big To Fail
  5. «The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 2022». NobelPrize.org (em inglês). Consultado em 10 de outubro de 2022 
  6. «bernanke-vs-yellen-spooky-outlook». www.opellius.com. Consultado em 10 de outubro de 2022 
  7. Kinsley, Michael (8 de outubro de 2015). «Ben Bernanke's 'The Courage to Act'». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 10 de outubro de 2022 
  8. Bernanke, Ben S. «Germany's trade surplus is a problem». Brookings (em inglês). Consultado em 10 de outubro de 2022 

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Ben Bernanke
Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
  • v
  • d
  • e

Precedido por
Barack Obama
Pessoa do Ano
2009
Sucedido por
Mark Zuckerberg
  • v
  • d
  • e
Pessoa do Ano segundo a revista Time
1927–50
1951–75

1951: Mohammed Mossadegh
1952: Isabel II do Reino Unido
1953: Konrad Adenauer
1954: John Foster Dulles
1955: Harlow Curtice
1956: Guerreiros Húngaros pela Liberdade
1957: Nikita Khrushchov
1958: Charles de Gaulle
1959: Dwight D. Eisenhower
1960: Cientistas Americanos: George Beadle / Charles Draper / John Enders / Donald A. Glaser / Joshua Lederberg / Willard Libby / Linus Pauling / Edward Purcell / Isidor Rabi / Emilio Segrè / William Bradford Shockley / Edward Teller / Charles Townes / James Van Allen / Robert Woodward
1961: John F. Kennedy
1962: Papa João XXIII
1963: Martin Luther King Jr.
1964: Lyndon B. Johnson
1965: William Westmoreland
1966: A Geração Abaixo dos Vinte e Cinco
1967: Lyndon B. Johnson
1968: Os Astronautas da Apollo 8: William Anders / Frank Borman / Jim Lovell
1969: A Classe Média Americana
1970: Willy Brandt
1971: Richard Nixon
1972: Henry Kissinger / Richard Nixon
1973: John Sirica
1974: Faisal da Arábia Saudita
1975: Mulheres Americanas: Susan Brownmiller / Kathleen Byerly / Alison Cheek / Jill Conway / Betty Ford / Ella Grasso / Carla Hills / Barbara Jordan / Billie Jean King / Carol Sutton / Susie Sharp / Addie Wyatt

1976–2000
2001–presente

2001: Rudy Giuliani
2002: As Delatoras: Cynthia Cooper / Coleen Rowley / Sherron Watkins
2003: O Soldado Americano
2004: George W. Bush
2005: Os Bons Samaritanos: Bono / Bill Gates / Melinda Gates
2006: Você
2007: Vladimir Putin
2008: Barack Obama
2009: Ben Bernanke
2010: Mark Zuckerberg
2011: O Manifestante
2012: Barack Obama
2013: Papa Francisco
2014: Combatentes do vírus ebola: Jerry Brown / Kent Brantly / Ella Watson-Stryker / Foday Gollah / Salome Karmah
2015: Angela Merkel
2016: Donald Trump
2017: Aqueles que Quebraram o Silêncio
2018: Os Guardiões e a Guerra da Verdade: Jamal Khashoggi / Maria Ressa / Wa Lone e Kyaw Soe Oo / Funcionários do The Capital
2019: Greta Thunberg
2020: Joe Biden / Kamala Harris
2021: Elon Musk
2022: Volodymyr Zelensky / Espírito da Ucrânia
2023: Taylor Swift

  • v
  • d
  • e
1969–1975
1976–2000
2001–atualidade
outros
  • Laureados (1969-1975)
  • Laureados (1976-2000)
  • Laureados (2001-atual)
Controle de autoridade