José Bernardino Bormann
José Bernardino Bormann | |
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José Bernardino Bormann | |
Governador do Paraná | |
Período | 3 de abril de 1899 - 10 de maio de 1899 |
Antecessor(a) | José Pereira dos Santos Andrade |
Sucessor(a) | José Pereira dos Santos Andrade |
Ministro da Guerra do Brasil | |
Período | 16 de outubro de 1909 - 15 de novembro de 1910 |
Antecessor(a) | Carlos Eugênio de Andrade Guimarães |
Sucessor(a) | Emídio Dantas Barreto |
Dados pessoais | |
Nascimento | 4 de maio de 1844 Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil |
Morte | 1 de junho de 1919 (75 anos) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Pai: Wilhelm Bormann |
Cônjuge | Maria Benedita Bormann |
Partido | Partido Republicano (extinto) |
Profissão | Militar e Político |
Serviço militar | |
Lealdade | Brasil |
Serviço/ramo | Exército Brasileiro |
Graduação | Marechal |
Conflitos | Guerra do Uruguai Guerra do Paraguai |
Condecorações | Imperial Ordem de São Bento de Avis Imperial Ordem da Rosa Imperial Ordem de Cristo |
José Bernardino Bormann (Porto Alegre, 26 de setembro de 1844 — Rio de Janeiro, 1 de junho de 1919) foi um militar, historiador, escritor, jornalista e político brasileiro.[1]
Biografia
Filho de pai alemão, Wilhelm Bormann (vindo ao Brasil para participar do Corpo de Estrangeiros de D. Pedro I) e de mãe gaúcha, era o décimo filho do casal.
Em 1862 aos dezoito anos de idade alistou-se no Exército brasileiro, valendo-se de uma certidão do irmão mais velho. Participou da Guerra contra Aguirre, no Uruguai. Em 1865 partiu para a Guerra do Paraguai, no 5º Batalhão de Voluntários da Pátria, tomando parte do sítio de Uruguaiana e em outras batalhas importantes. Comandou uma bateria de artilharia, do regimento de Mallet, composta de alemães brummer. Terminada a guerra, foi ajudante de ordens do marechal Duque de Caxias, tendo o acompanhado em viagem à Europa.
Ao regressar da Europa, foi designado, em 1880, para fundar a Colônia Militar de Chapecó, também conhecida como Colônia de Xanxerê. Instala a colônia em 14 de março de 1882, chegando à área com um destacamento militar. Lá convidou os caboclos da região para que se instalassem no perímetro da colônia, conseguindo atrair quarenta famílias. Em 1884 já eram 58 casas, chegando a 74 um ano depois, com 196 habitantes, sem contar os soldados. Foi a única colônia de Santa Catarina formada com famílias caboclas da própria região, sem a participação de imigrantes europeus. Em 1893, a colônia possuía igreja, armazém, serraria a vapor, tipografia, telégrafo, onze edifícios públicos e 124 casas de colonos. Bormann permaneceu como diretor desta colônia por dezessete anos. Atuou como desbravador de terras e demarcador de fronteiras desta região. Também fundou o primeiro jornal da região, o Chapecó.
Pertencia ao Partido Republicano. Eleito vice-governador do Paraná, foi governador interino do Paraná, entre 3 de abril de 1899 e 10 de maio de 1899. Em 1901, foi eleito deputado estadual.
Foi chefe do Estado-Maior do Exército, entre 9 de julho 16 de outubro de 1909.[2]
No Governo Nilo Peçanha, foi Ministro da Guerra, no período de 16 de outubro de 1909 a 15 de novembro de 1910.[3]
Ingressou como praça no Exército em 1862, foi promovido a segundo-tenente em 1866, já em 1892 foi promovido a tenente-coronel, e a coronel em 1893, a general de brigada em 1899 e a general de divisão em 1908. Alcançou o posto de marechal e foi ministro do Superior Tribunal Militar de 16 de janeiro de 1911 a 6 de fevereiro de 1912.[4]
Era bacharel em matemática e ciências físicas e foi o fundador do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Paraná e também um dos fundadores do pioneiro Aeroclube Brasileiro, em 1911, no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Agraciado cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa, Imperial Ordem de Cristo e da Imperial Ordem de São Bento de Avis.
Foi escritor, romancista e tradutor de diversas obras. Historiador escreveu a destacada História da Guerra do Paraguai, 3 vol, 1897; Dias fraticidas, 1901, sobre a Revolução de 1893; Memórias da Revolução Federalista, 1901; A campanha do Uruguai, 1907; Rosas e o exército aliado, 1912; Campanha de 1851-52, 2 vols., 1916.[5]
Era casado com Maria Benedita Bormann (1853-1895), sua sobrinha, também escritora que escreveu sob o pseudônimo Délia em vários jornais do Rio de Janeiro e folhetins alguns dos quais se tornaram livros.
Obras
- Dona Mariquinha de Passo do Carneiro
- Os amores de D. João III de Portugal
- Rosas e o Exército Aliado, 1912
- História da Guerra do Paraguai, 1889
- A Campanha do Uruguai, 1907
- O Marechal de Duque de Caxias, 1880
- De Caxias a Mitre
- A Batata de Leipzig
- Dias Fratricidas, 1901
- Memórias da Revolução Federalista, 1901
Referências
- ↑ BORMAN, José Bernardino na página do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)
- ↑ «Ex-Chefes do EME». Consultado em 25 de janeiro de 2021
- ↑ «Comandantes do Exército Brasileiro». Consultado em 24 de janeiro de 2021
- ↑ «Ministros do STM desde 1808; Ministro 158» (PDF). Consultado em 25 de janeiro de 2021
- ↑ SPALDING, Walter. Itinerário da literatura Sul-rio-grandense, in Enciclopédia Rio-Grandense. Porto Alegre, 1956.
Bibliografia
- BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario bibliographico brazileiro (v.4). Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1898.
- MOREIRA BENTO, Cláudio. Estrangeiros e descendentes na história militar do Rio Grande do Sul - 1635 a 1870. A Nação/DAC/SEC-RS, Porto Alegre, 1976.
- THOMÉ, Nilson, A formação do homem do contestado e a educação escolar - República Velha, Unicamp, 2007.
- Página do governo do Paraná
Ligações externas
- Relatório apresentado ao Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil pelo dr. José Bernardino Bormann, Ministro de Estado da Guerra, em maio de 1910
Precedido por José Pereira dos Santos Andrade | Governador do Paraná 1899 | Sucedido por José Pereira dos Santos Andrade |
Precedido por Carlos Eugênio de Andrade Guimarães | 6º Chefe do Estado-Maior do Exército 1909 | Sucedido por Marciano Augusto Botelho de Magalhães |
Precedido por Carlos Eugênio de Andrade Guimarães | 17º Ministro da Guerra (República) 1909 — 1910 | Sucedido por Emídio Dantas Barreto |
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